Há dias fotografei em Lisboa, no Chiado, a estátua de Fernando Pessoa e deixei que a sua poesia falasse por mim.
Hoje falo de um Amigo que transformava as palavras em poesia. Poesia que foi traduzida para chinês e inglês.
Um Amigo que nunca dizia adeus porque no seu dicionário essa palavra não existia. Quando nos despedíamos era sempre com um até breve...
Um Amigo com quem aprendi que as pessoas não desaparecem. Eles ficam connosco para sempre no nosso coração. Hoje sei que é assim porque me lembro todos os dias dos que amei e já partiram.
Um Amigo que me ouvia e partilhava comigo com extrema simplicidade momentos de alegria e boa disposição. Confesso que tenho uma grande saudade desses momentos.
Não lhe pesavam os livros publicados e as distinções alcançadas.
Um Amigo que sofreu muitos reversos da Vida mas que me pedia sempre para eu não me esquecer de ser feliz!
Olhar o sol
não
o sol
não
o sol
que me
olhe a mim
do alto da
sua grandeza.
eu fico
por aqui
olhando
a terra
onde germina
minha própria fraqueza
extraído de "Infraestruturas"