segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Os eleitores obrigam-nos a mentir!



30 de Dezembro de 2013


Jovem João Almeida


Disse o jovem, e trato-o assim porque tem idade para ser meu filho, que são os Eleitores que vos obrigam a mentir. Assim o João conseguiu no Porto 99.338 votos de Eleitores a quem mentiu descaradamente, enganando-os sem qualquer pudor.
Depois ainda tem o descaramento de dizer que para ganhar as eleições têm que mentir aos Eleitores. Foi exactamente isso que fez o Primeiro-Ministro e o João deve ter aprendido com ele e o seu chefe Paulo Portas essa forma de estar na vida.
Por acaso, curiosidade minha, foi isso que lhe ensinou a sua familia e a Universidade onde andou, se é que andou? Disseram-lhe que para subir na vida qualquer meio servia era preciso era subir a qualquer custo, mesmo que se prejudicassem milhares de pessoas?
Pois olhe que o ensinaram muito mal, pela minha parte farei todos os possíveis para que toda a gente que eu conheço saiba quem é!  Devia ter vergonha de sair à rua! O João e todos os que estão no Governo que nos desgoverna deviam sair para à rua, sem ser nos nossos carros com motorista e guarda-costas, e irem junto de um supermercado ver quantas pessoas, com vergonha na cara, aquela que a vós vos falta procuram nos caixotes do lixo algo para se alimentarem.
Devia meter-se num comboio da Linha de Sintra, por exemplo para ir visitar o seu Primeiro Ministro, para ver quantas pessoas estão a morar debaixo das pontes.
Devia dar o exemplo e viver com o ordenado minimo nacional para saber se conseguia sobreviver.
Sabe o que tem a fazer? Faça a barba e o bigode que usa para disfarçar a sua cara ainda imberbe e cresça, faça-se homem, lute pelo seu País em vez de o afundar e vender aos retalhos. Já bastou renderem-se à Alemanha e vergarem-se como se não tivessem coluna vertebral.
Se não é capaz de servir o seu País e ganhar votos sem mentiras, saia da zona de conforto do Governo e emigre! Emigre e leve consigo os seus Colegas que todos os dias mentem descaradamente.
E se está a pensar que eu pertenço à oposição, a algum partido, tire daí o sentido. Sou uma cidadã livre, independente, com ideias próprias que trabalhei, que construí a minha vida sem pedir nada aos paizinhos, que paguei a minha carta de condução, que comprei carro e casa e tenho tudo pago. Não devo nada ao País mas sou Credora do Estado que me suga tanto quanto pode. Não, não tenho uma reforma milionária apesar de ter trabalhado 44 anos. E se este País tem a geração mais bem qualificada de sempre não o deve aos Governos, o seu e os outros, deve-o a todos nós, geração grisalha, que construímos escolas, hospitais enquanto vós construíram estradas para passearem primeiro com os automóveis que os pápás vos deram e agora com os que os nossos impostos pagam.
Veja se ganha vergonha cara jovem e se se faz um homem, mas eu duvido,está-lhe na massa do sangue mentir...
Passe bem junto dos seus pares e não lhe desejo um Ano Novo muito feliz porque você não merece enquanto houver fome neste País e o desespero tome conta das pessoas a ponto de elas se suicidarem.
Desculpe mas não o cumprimento, não por má educação mas por uma questão de principios...

Virgínia Machado
Contribuinte 100566200 (com os impostos em dia)

Resposta do jovem João Almeida

Boa tarde

Presumo que saiba, tão bem como eu, que o que escreve é falso.

Se não, sugiro que veja o vídeo desse programa. Perceberá que tudo não passa de uma mentira mal montada.

Cumprimentos
João Almeida
 
Agora o video - Recomendo a 2ª parte

http://www.rtp.pt/play/p1099/e132104/pros-e-contras/320598

Resposta enviada ao jovem João Almeida


Boa noite,
Uma coligação é como um casamento para o bem e para o mal, enquanto não acaba.
Reveja o video e refresque a memória faz lembrar a história do lobo e do cordeiro, não foste tu foi o teu pai!

http://www.rtp.pt/play/p1099/e132104/pros-e-contras/320598

Apresento os meus cumprimentos porque numa coisa me mereceu respeito, respondeu ao e-mail.

Virgínia Machado


sábado, 7 de dezembro de 2013

Coração de Pedra


 
Era Verão e estava um dia lindo...
O Sol brilhava, o calor apertava...
Na areia desenhávamos corações...
Escrevíamos os nossos nomes...
Vinha o Mar e desfazia tudo...
E nós riamos como inocentes crianças...
Apanhamos conchas e pedras...
que jogávamos um ao outro...

Subitamente ficaste parado...
Olhavas a areia como procurando algo...
Fiquei curiosa a observar-te...

Apanhaste qualquer coisa que fechaste na mão...
Lembro-me do teu sorriso,
Dos olhos mais brilhantes...

Dá-me a tua mão aberta, disseste...
Fecha os olhos...

Assim fiz e a tua voz murmurou...
Entrego-te o meu coração para sempre!
Um beijo selou a promessa...

Abri os olhos e na minha mão estava um pedra...
Pequenina, cor de sangue, em forma de coração!

Mas afinal era mentira, não foi para sempre...
Acabou friamente como se nada fora...

Hoje, peguei na pedra e devolvi-a ao mar...
Afinal era lá que ela pertencia... 
Não era minha... Se calhar nunca foi...
Foi só um sonho ou uma ilusão...



Foto obtida na Croácia - Parque Nacional Plitvicka - Património Mundial da Unesco




segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Saudades...




Acordei e senti frio. 
O frio estava dentro de mim…                                        
Tinha que ser, tinha que ir…

Cada vez me recordo mais do teu sorriso

Quando sorrias assim eu sabia que estavas feliz…

Agora és apenas uma recordação…

És um sonho em que sinto o teu calor…

Sinto o teu perfume aqui a meu lado…

Ficava-me nas mãos quando as beijavas…

A ternura que emanavas…

Não devias ter partido…

Devias ter lutado, devias ter ficado…

Mas o teu sorriso tinha desaparecido…

E partiste sereno como sempre foste…

Deixaste-me a saudade como companhia…

Mas fazes-me tanta falta…

Um dia destes encontramo-nos por aí…



quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Centro Nacional de Pensões e as motas...




Hoje esta história das pensões, dos cortes, da pressão sobre o Tribunal Constitucional deu-me a volta a cabeça e resolvi pôr a minha  bilis toda cá para fora. Resultado, uma carta para o Sr. Ministro Mota Soares. A foto da mota (tirada da net) não vai, para ele não ter ideias, que os tempos são de austeridade! Sempre ouvi dizer que os exemplos devem vir de cima!

A carta segue amanhã para o Correio. 


                   




Exmo. Sr. Ministro Mota Soares
Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social
Praça de Londres, 2 
1000-190 LISBOA


Lisboa, 29 de Novembro de 2013



Beneficiário nº XXXXXXX do Centro Nacional de Pensões





Exmo. Senhor Ministro



Desde o início deste ano que o valor que recebo da minha reforma é sempre uma incógnita.


Sempre trabalhei no sector privado, na verdade já nem sei bem, uma vez que ainda fiz parte dos Quadros de uma Seguradora que agora pertence ao Estado. A minha reforma é no entanto paga pelo Centro Nacional de Pensões.


Saiba V. Exa. que trabalhei 44 anos, reformei-me com 63 anos sem qualquer penalização a não ser o célebre factor de sustentabilidade. Sorte minha porque hoje já não seria assim uma vez que V. Exa. e os seus Colegas Ministros entendem que é preciso trabalhar até mais tarde e eu ainda por cima faço anos em Janeiro o que iria complicar a questão.


Fique descansado que não lhe venho pedir nenhum subsídio, nenhuma benesse, porque já sei a sua resposta: a Segurança Social não é sustentável! Eu discordo, obviamente, porque sei o que tem sido feito com o meu dinheiro e o da minha entidade patronal. Depois, estou de acordo com uma coisa, há realmente pessoas que não descontaram para as reformas que recebem mas essas estão no seu seio e não no meio dos meus.


Mas sabe, há uma coisa que me irrita muito e acho que é uma grande falta de consideração que V. Exa. tem para comigo e todos os que pertencem ao Centro Nacional de Pensões.


V.Exa. recebe um recibo de vencimento, não recebe? Todos os Funcionários Públicos recebem um recibo de vencimento, então pergunto-lhe porque é que eu não tenho o mesmo direito?


Já escrevi ao Centro Nacional de Pensões mas a resposta vinha de uma maneira que não é de certeza para se perceber e olhe que eu não sou burra.


Ora bem assim sendo, eu não sei o que me está a ser pago o que está a ser descontado, que IRS me está a ser aplicado, etc…


Ou seja, tenho o presente incerto dependente de um extracto bancário e um futuro muito incerto porque não sei se quando chegar a altura de fazer o IRS (vai ser preciso, não vai?) V.Exas. não me levam aquilo que eu não tenho.


Sabe, a minha ideia era ver se podia fazer umas poupançazitas para quando chegar esse terrível momento.

Para isso era preciso eu ter uma ideia, um recibo mesmo em papel reciclado, papel baratinho será que o Sr. Ministro não pode pedir lá ao Centro Nacional de Pensões que nos façam essa gentileza?
Sabe eu pertenço aquela geração dos poupadinhos que nunca gastaram mais que a conta, deram um curso superior aos filhos para agora termos a geração mais bem preparada de sempre… mas enfim isso já era outra conversa e o que eu quero é o recibozito… 
Faça lá esse favor Sr. Ministro, acredite que lhe fico muito grata!

Sim, eu sei que era preferível eu morrer rápido para não terem que me pagar mais nada mas eu sou muito cuidadosa com a minha saúde, a atravessar a rua, até ando mais de transportes públicos porque andam por aí muitos doidos na estrada. Tenha também cuidado quando anda de mota e não naqueles nossos carros bonitos de alta cilindrada e entre tantos motoristas escolha um que respeite os sinais, as velocidades, essas coisas, que o Sr. Ministro ainda é muito novo e ainda tem muito tempo até chegar à reforma. Isto digo eu!...


Com os meus sinceros cumprimentos,

                                                  Atentamente