segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Banco de Pedra


Ali me sentei e descansei...
Depois, retomado o fôlego, pensei…
Que mania esta de dar vida às coisas!
Porque hei-de passar o tempo sempre a pensar?
É só um banco de pedra, nada mais…
A pedra está fria e velha cheia de tempos passados…
Mas tu banco se um dia falares, que histórias terás para contar?
Quantos velhos se sentaram em ti e choraram a sua solidão?
Quantas crianças correram á tua volta inocentes e felizes?
Quantos beijos foram por ti testemunhados?
Quantas zangas de namorados?
E agora banco, quantos se sentam em ti e choram?
Sem emprego…
Sem futuro…
Sem pão…
E tu banco, tu frio, sem palavras, sem respostas, não falas…
E eu?
Eu falo, não sou de pedra, não sou fria mas também não tenho respostas, só perguntas…
E agora, que faço, que amargura, que futuro?
E deixo-te de novo sozinho e sigo o meu caminho, pensando…
Porque penso eu tanto?

1 comentário:

Anónimo disse...

A menina escreve muito bem...e sem erros, já aderiu ao novo acordo ortog? Gostei.

Eu gostava de ter um botãozinho para de vez enquanto desligar os meus pensamentos, que andam permanentemente aos pulos.
São tão cansativos.
Bjs

Nita